sábado, 30 de maio de 2015

Vai, sem mim!

Não foi por falta de amor que as coisas acabaram. Foi porque tu assim quiseste. Se houve coisa que me fartei de repetir foi que nunca te haveria de obrigar a ficar comigo! E não! Não te vou obrigar a voltar a ficar comigo! Longe me mim prender alguém que não é feliz... Só quero que o sejas, mas bem longe daqui! Não quero ver-te por agora! Não quero saber de notícias tuas, quanto menos vezes ouvir o teu nome, melhor! Não quero ter coisas que me façam lembrar de ti! Porque se tu foste embora foi por tua opção! Então, espera, vem cá e leva tudo o que é teu! Leva as fotografias que há no meu quarto, leva as fotografias que há no meu telemóvel, leva as cartas que me escreveste, os desenhos que me fizeste, os presentes que me deste! Leva tudo! Não deixes ficar nada que me magoe cada vez que  olhe para lá!
Sempre cuidei de ti, estive lá, abri mão de tanta coisa... Meu deus! As coisas que a gente faz por amor!
Eu sou a única que te conhece pelo olhar, que sabe ler os teus pensamentos, que te acorda com beijos na testa, que te dá a mão na rua, que sofre as tuas dores, que fica horas a olhar só para te admirar, que te lembra todos os dias das tuas qualidades, que faz mil e uma coisas para te fazer feliz... A única que vivia contigo, por ti, para ti, e daria a minha vida para salvar a tua! Sou aquela com quem tu falaste noites inteiras sobre os teus medos e sonhos do futuro...  A única com quem tu perdeste a cabeça e cometeste loucuras... Aquela que tu querias para mãe dos teus filhos... Aquela que tu dizias amar... Lembraste? Ah, lembras pois! E não vale a pena engolir em seco! Sabes bem que falo verdade, e que apesar de ires por vontade própria, parte de ti ficou aqui... Mas vá, vai lá! Não te atrases para a tua vida, sem mim!...